Minha experiência com a amamentação
16:06
Olá pessoal, tudo bom com você?
Depois de três meses do nascimento do meu filho, vim aqui novamente falar sobre o tema que a cada dia é uma nova descoberta para mim: a amamentação. A gente sempre vê campanhas na TV sobre a importância do aleitamento materno e seus benefícios para o bebê e a mãe, mas é quando a maternidade bate na sua porta que você começa a dar mais atenção para o assunto. Eu era uma tonta em relação a dar de mamar. Jurava que todas as mulheres que engravidassem teriam leite e alimentariam o seu filho. Também achava que o leite só era produzido depois que o bebê saia da barriga, mas nem tudo é como parece.
Acho que essa foto foi do dia que o peito pedrou
O começo: bom, quando eu estava mais ou menos com 6 meses algo muito estranho estava acontecendo comigo. Eu começava a notar uma espécie de noda (não sei bem se esse é o termo certo) nas minhas camisas, mais ou menos na altura do bico dos seios. Uma vez aconteceu, pensei que derramei água, na segunda vez em diante comecei a achar aquilo estranho, compartilhei com meu noivo e a minha mãe. Quando contei a mainha ela disse "esse é o colostro do seu peito que já está saindo" e eu nem sabia o que era o tal do colostro. Depois pesquisei e vi que era uma espécie de prévia do leite que saia nos primeiros dias do pós parto. Eu fique apavorada, como algo que é para sair depois do bebê nascer já estava saindo quando e nem estava com 7 meses? Bom, isso Deus explica.
Logo após uma série de camisas postas para lavar sujas de leite, minha tia me aconselhou a comprar uma concha de silicone que é colocada no peito, dentro do sutiã e que coleta esse material que sai. Uso até hoje, todos os dias, 24h por dia, pois mesmo após quase 100 dias de pós parto, ainda produzo leite em excesso.
A primeira mamada: na sala de cirurgia a roupa que eu usava estava molhada de leite, aquele era o momento certo do Pedro chegar. Desde que eu me entendo por gente a minha mãe me falava que quando eu fui mamar pela primeira vez ela sentiu uma dor terrível, que chorou demais tamanha dor. Fiquei com aquilo na cabeça toda a gravidez, mas não exitei em dar o peito ao meu filho, que chorava ao encontrar comigo no quarto após a crucigia. O meu instinto de mãe nem se lembrou da dor que a minha mãe me falou, colocaram o bebê pertinho de mim e ele pegou certinho, mamou e dormiu. Assim, como se ele já estivesse acostumado com isso, simples e sem dores, graças a Deus.
Ainda no hospital Pedro chorava demais, tive dúvida de saber se era realmente estava saindo do peito algo e chamei uma enfermeira para conferir se estava tudo ok. Ela olhou pra o meu peito e falou que eu tinha leite sim. Além da resposta afirmativa, ela questionou se eu queria dar leite artificial ao meu bebê, mas eu neguei. Se eu tinha leite de sobra, pra quê dar outra coisa ao meu filho? Sem dores e nem machucados nos seios, voltei para casa, agora com Pedro comigo.
No primeiro dia em casa eu estava toda dura para dar de mamar, parecia algo não natural, mas meu tio (pai de duas meninas e avô de quatro) disse que eu precisava relaxar, me auxiliou e me ensinou a relaxar durante a mamada. Pedro seguiu mamando normalmente, ainda sem saber o que era dia e noite e sem ter o sono certo, ele mamava todo dia, toda hora e eu ofertava o peito com o maior amor do mundo. Toda essa mamada em livre demanda (ou seja, sem delimitar horário, como de 3h em 3h) acabou deixando os bicos dos seios bem sensíveis e usei uma pomada chamada Memê para aliviar um pouco, deu certo. Limpava a pomada com uma gase com água e dava de mamar novamente, ainda com dores. As vezes eu queria que o bebê dormisse mais um pouco só para não mamar, da dor que eu sentia. Não chegou a ferir e nem a sair sangue, mas doía pra caramba e eu acabava preferindo dar o peito que estava menos dolorido, o que pedrou o meu outro seio com o excesso de leite.Tive muito medo nessa hora, já que ouvi relatos que em certos casos era necessário operar para tirar o leite pedrado. Então, eu e o papai começamos a fazer ordenha manual e tirar gotinha por gotinha de leite para deixa o meu seio no tamanho do outro, já que o meu peito estava do tamanho de uma bola de futebol e duro feito uma panela de aço. 1h30 depois, meu peito estava ficando normal e assim foram os primeiros 15 dias de amamentação.
O toque: Pedro nasceu em um período muito frio aqui em Campina Grande, chovia que não parava mais e ele ficava sempre de luvinha, portanto, eu não sentia ele pegar de fato no meu peito. Passado alguns dias, a luvinha dele caiu enquanto ele mamava e isso era fácil de acontecer, já que ele nasceu pequeno e as luvas precisavam ser acompanhadas de fita crepe. Ai foi quando a mão dele tocou pela primeira vez no meu seio. Uma sensação única e sem igual que me fez chorar de alegria. Foi um momento tão mágico, que eu desejei que durasse para sempre.
Os três primeiros meses: ainda continuo oferecendo o peito em livre demanda, sem delimitar horário e não espero ele chorar para dar de mamar. Pedro não chupa chupeta e muita gente diz que ele me faz de chupeta, mas eu nem ligo, o que importa é que eu tenho ciência do beneficio que há em amamentar, não posso negar isso a ele. Ele come que é uma beleza e engordou sadio com isso. Pedro nasceu pequeno e pesando 3,035kg, segundo os médicos, era tamanho de 36 semanas e eu já estava com 41+2 quando tive ele. Apesar disso, fora da barriga o desenvolvimento dele foi muito bom, hoje com 7kg e fofinho. Pedro a cada dia me surpreende na hora de mamar, agora ele aprendeu a mamar e tocar no outro seio. Acho sensacional a curiosidade dele.
Muita gente diz que só leite do peito não adianta e que é para dar água, mas eu não me deixo levar por informações assim, sei que o leite materno é forte e contém a água suficiente que o bebê precisa nessa idade. Se você já passou por essa fase vai entender e se ainda não passou, não permita que pessoas externas façam intervenções desse modo na sua amamentação.
O futuro: pretendo dar apenas o leite até os 6 meses, não sei se será possível com a universidade e estágio, mas se eu puder, continuarei. É realmente algo sem igual poder amamentar, uma conexão incrível, não tenho palavras que possam definir a maravilha que é poder amamentar meu bebê.
Se você leu até aqui, parabéns e obrigado! Não vou falar sobre os benefícios da amamentação aqui pois a postagem já está longa demais, mas prometo que em breve falarei mais sobre isso.
Um beijão
Geovanna e Pedro
12 comentários
aaaaaaai que linda ♥ Chorei o contato com nossos filhos marcam nossa vida , principalmente quando são recem nascidos , pensamos em como pode um serzinho que acabou de nascer já saber que o peito sai leite, e nós somos as mamaes que vão cuidar ! Parabêns ♥
ResponderExcluirwww.tamiresdiz.blogspot.com
É fantástico, Tamires! Algo mágico.
ExcluirUm texto lindo <3
ResponderExcluirVoce esta certa em não oferecer nada além de seu leite.Acredite, sou Nutri e sempre batemos na mesma tecla de que o leite materno é perfeito para o bebê.
www.chaeamor.com
Camila, agora eu sei que só o leite importa mesmo!!
ExcluirVolte sempre aqui, beijos!!!
Que lindo Gio!!! felicidades para vc e seu baby, que Deus abençoe vocês
ResponderExcluirObrigado Mara! Que bom ver você por aqui, volte mais vezes.
ExcluirUm beijao, fica com Deus.
Amamentar é algo inexplicado <3 é muito amor envolvido.
ResponderExcluirTambém optei por amamentar sempre que Adam quiser e já ouvi que ele esta fazendo meu peito de chupeta, mas nem dou bola, o que importa é ver ele crescendo saudável <3
www.ideiastrocadas.com
Day, as pessoas falam demais, não é? É bom não dar bola mesmo, você faz certo.
ExcluirUm beijão
Parabéns pelo texto lindo Geovana. Estou grávida de 13 semanas e já te entendo perfeitamente. Obrigada por compartilhar sua experiência.
ResponderExcluirwww.vivaessamoda.blogspot.com.br
Débora aproveite bem esse momento especial, fico feliz que tenha gostado do texto. Saúde para você e seu bebê.
ExcluirBeeeijos
Que post mais delíciaaa, mds ♥♥♥.
ResponderExcluirAcho que já até comentei sobre isso por aqui, mas morro de medo de ser mãe hahahaa. Da gravidez, do parto e principalmente no depois, já com o neném. Essa parte de dar mamar é inclusive, uma das partes que mais temo, todo mundo fala sobre como dói horrores e blá blá blá. O que achei legal é que, apesar da dor, você descreveu uma alegria tão linda e intensa que nossa... Muito lindo, sério.
Fiquei curiosa em relação aos benefícios do leite materno, eu sou dessas que achava que tbm tinha que dar água para o baby hahahahaha, sei de nadaaaaa.
Beijos! ♥
Clareando Ideias
Clara, é sempre uma honra ter você aqui! Olha, não tenha medo de ser mãe, é algo bem natural, quando acontece você nem pensa no parto, acredita? O leite já contêm a água e os nutrientes que o bebê precisa exclusivamente até o 6 mês! Hahahaha é assim mesmo, eu tbm pensava que tinha que dar água. Volte mais vezes por aqui. Um beijão!!
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