Da contrução de uma mãe aos dilemas e alegrias do dia a dia

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Olá pessoal, tudo bom com vocês?

É incrível como o mundo aparenta girar em uma outra rotação de uma órbita paralela a nossa quando um bebê chega em casa. Tudo muda de rota, tudo se readapta ou simplesmente some (como o jeans 34 sumiu). Há quase dois anos Pedro nasceu e com ele eu me redescobri. Descobri que para vencer por ele não tem obstáculos que me imponham limites e, consequentemente, nessa batalha descobri que acabei passando tranquila por coisas que antes julgava impossível. Quando tomei isso como uma constatação, passei a dar mais creibilidade para a máxima que reza "quando nasce um bebê, nasce uma mãe". É verdade!

Se você hoje que ainda não se imagina gerando uma vida, ou está grávida mas se questionando como será o amanhã, anota um recadinho: você consegue! Quando descobri que dentro de mim morava uma pessoinha, me vi igual ao Macaulay Culkin em Esqueceram de Mim. Fiquei desesperada, à beira de um ataque de nervos. Hoje, percebo que aquilo tudo foi bacana para meu amadurecimento e aceitamento como mãe. Foi tudo parte de uma construção para uma nova mulher: a mãe.

Imagina eu, Geovanna, com 20 anos sendo chamada de mãe. Mãe!!! Uma palavra tão forte, que impõe respeito, carinho, ternura e determinação. Um porto seguro que pode ser um beijinho após ter machucado a cabeça do dedo do pé ou, simplesmente, ser alguém com uma barra da saia para ficar. Imagina eu... Mãe!

É muita responsabilidade se olhar no espelho e pensar: - Hoje tenho que dar o melhor de mim, afinal, sou um espelho para meu filho, sou mãe! Mas é muito gratificante chegar em casa, abrir a porta e receber de recompensa um sorriso bem grandão de alguém que estava louco para sua chegada. Daí você pensa: - Ainda bem que sou mãe!

Não foi mole para mim todo esse processo de adaptação à ideia de ser mãe. Estava no meio da faculdade, com um emprego bacana, namorando há poucos meses com um cara maravilhoso... Mas eu não tinha casa, nem carro (ainda não tenho) e nem estrutura $$$$ para ser mãe. Tudo foi um processo. Quando você põe em xeque seus limites, você consegue se sobrepor a eles. Ao final, quando o médico põe o filho no seu colo pela primeira vez, você se dá conta que tudo foi muito pequeno e que agora, a verdadeira maratona começa.

Depois que me tornei mãe, passei a aceitar bem algumas situações que por mim eram ignoradas. Como os berros das crianças nas lojas, até dou uma sorriso frouxo para as mães como quem diz "Toca aqui! Tamo junto, é nós parça"

Outro ponto que passei a dar mais atenção: acento preferencial. Tá ai outra coisa que se tiver só ele no ônibus e eu estiver morta com farofa de cólicas, eu nem passo perto. Pode ser minha única ou última opção, mas deixo lá guardadinho para alguma grávida que porventura queria pegar o mesmo ônibus que eu. Se eu estou sentada e aparece uma, eu de cara já levanto e dou o canto. Só quem já passou por desprezo alheio sabe o que é isso.

Tá vendo? Ser mãe é uma construção. É se tornar mais humana à partir de uma nova vida que você gera. Meio louco isso, né?



Nesta semana Pedro me deu muitos beijinhos sem eu pedir, sorriu quando cheguei em casa e me fez chorar ao ir trabalhar e vê-lo dando 'tchau' para mim. Meu filho sem me dizer nada me tornou uma pessoa melhor, só com sua chegada. Me fez dar mais gentileza por ai, conversar com velhinhos esperando o ônibus, atravessar sempre na faixa, rezar várias orações na beira do seu berço e por ai vai. Pedro me fez ver o mundo com uma nova ótica simplesmente por ter me tornado mãe. 

Obrigada, filho. No próximo domingo é Dia das Mães, mas todos os dias, desde a sua chegada, quem ganha presentes diários sou eu. Todo dia pra mim é dia da mãe e do Pedro. Dia de agradecer por ser mãe.

Com carinho,
Geovanna

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